terça-feira, 1 de maio de 2012

COMO VAI A NOSSA FÉ?

Nesta fotografia eu estava dentro do Santo Sepulcro, Israel, Jerusalém...momento de muita emoção e que ainda traz uma revolução em minha alma...alma sedenta de buscas e cheia de questionamentos.
Vivemos tempos de falta de convicção...o ser humano vem caminhando pelos vales das sombras das dúvidas e, por isso mesmo, acaba por se perder nessas sombras, sem saber por onde deve seguir.
Andamos na penumbra...entre o ter e o ser...entre a certeza e a desconfiança...entre o egoísmo e o altruísmo...entre o perdão e os ressentimentos. Essas desordens nos afastam da verdade, do caminho e da vida em Deus e nos colocam em risco de crises de fé.

Precisamos parar e refletir sobre como vai a nossa fé e, especialmente, a nossa fé cristã. Para nos ajudar na construção dessa reflexão, vamos recordar o que aconteceu logo após o sepultamento de Jesus, no evangelho de São João, capítulo 20, 1-18:

No primeiro dia que se seguia ao sábado, Maria Madalena foi ao sepulcro, de manhã cedo, quando ainda estava escuro. Viu a pedra removida do sepulcro. 2. Correu e foi dizer a Simão Pedro e ao outro discípulo a quem Jesus amava: Tiraram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram! 3. Saiu então Pedro com aquele outro discípulo, e foram ao sepulcro. 4. Corriam juntos, mas aquele outro discípulo correu mais depressa do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro. 5. Inclinou-se e viu ali os panos no chão, mas não entrou. 6. Chegou Simão Pedro que o seguia, entrou no sepulcro e viu os panos postos no chão. 7. Viu também o sudário que estivera sobre a cabeça de Jesus. Não estava, porém, com os panos, mas enrolado num lugar à parte. 8. Então entrou também o discípulo que havia chegado primeiro ao sepulcro. Viu e creu. 9. Em verdade, ainda não haviam entendido a Escritura, segundo a qual Jesus devia ressuscitar dentre os mortos. 10. Os discípulos, então, voltaram para as suas casas. 11. Entretanto,Maria se conservava do lado de fora perto do sepulcro e chorava. Chorando, inclinou-se para olhar dentro do sepulcro. 12. Viu dois anjos vestidos de branco, sentados onde estivera o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. 13. Eles lhe perguntaram: Mulher, por que choras? Ela respondeu: Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram. 14. Ditas estas palavras, voltou-se para trás e viu Jesus em pé, mas não o reconheceu. 15. Perguntou-lhe Jesus: Mulher, por que choras? Quem procuras? Supondo ela que fosse o jardineiro, respondeu: Senhor, se tu o tiraste, dize-me onde o puseste e eu o irei buscar. 16. Disse-lhe Jesus: Maria! Voltando-se ela, exclamou em hebraico: Rabôni! (que quer dizer Mestre). 17. Disse-lhe Jesus: Não me retenhas, porque ainda não subi a meu Pai, mas vai a meus irmãos e dize-lhes: Subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus. 18. Maria Madalena correu para anunciar aos discípulos que ela tinha visto o Senhor e contou o que ele lhe tinha falado.

Quanto desespero em pensar na possibilidade de alguém ter violado o sepulcro e roubado o corpo do Senhor...quanta corrida para verificar o que havia acontecido...quantas dúvidas...quanto medo nos corações daqueles que haviam vivido tão próximos do Mestre. Eles não tinham entendido o que Jesus havia explicado tantas vezes.

Quanto abatimento...quantas lágrimas derramadas dos olhos que olharam Jesus tão de perto. A superficialidade da fé daqueles homens e mulheres é muito próxima do que vivemos hoje. A falta de convicção dos Cristãos dos tempos modernos ou a fragilidade dessa fé e de entendimento do que ela representa em nossas vidas é um fato observável na maioria daqueles que se intitulam Cristãos.

A fé é um dom do Espírito Santo, dado a nós na graça de Deus...todos nós a temos. É fogo que queima com intensidade...que arde em nossa alma e traz plenitude em viver. É, simplesmente, um acreditar sem ter que tocar ou enxergar e, além disso, é um saber esperar, com esperança, a graça divina alcançar a nossa vida. Como vivemos essa fé depende das nossas escolhas...e como estamos escolhendo viver a nossa fé?

O mundo nos envolve na tentativa de “neutralizar” a fé. O mal que ainda há em nosso coração...as preocupações...a aceleração da vida cotidiana...tudo isso traz um “amornamento” da fé em nós.

Precisamos reeencontrar as nossas raízes cristãs...viver a fé com intensidade do fogo que arde a alma e com compromisso real...precisamos seguir o exemplo do discípulo amado que correu mais depressa, porque o amor traz leveza. Necessitamos “ver e acreditar”, reconhecer o Senhor. Precisamos ouvir Jesus nos chamando pelo nome, assim como fez com Maria Madalena, e teremos os nossos olhos abertos para o Ressuscitado.

São sinais da ressurreição do Senhor: o sepulcro vazio e o nosso testemunho cotidiano de fé. A ressurreição nos pede “corrida e anúncio”...nos pede firmeza, perseverança e equilíbrio...precisamos permanecer em Deus...precisamos ter raízes em Jesus Cristo...ter convicção e não deixar o mundo falar mais alto em nós e amornar o fogo do dom da nossa fé.

Para isso precisamos mergulhar em águas mais profundas...redobrar a nossa perseverança e não cansar...precisamos ser sinais da ressurreição!!! Necessitamos estar conectados 24 horas por dia com o Santo Espírito de Deus para nossa fé não esmorecer na rotina dos nossos passos. Vamos nessa busca, porque quanto mais eu me aproximo de Deus, mais tenho sede da Tua Santa presença e isso eu posso testemunhar!! Senhor, “tenho sede da Tua Graça cada dia mais”!!!!!!!!!!!!!!!!!!


POR ISSO EU ROGO...


ALMA DE CRISTO

Alma de Cristo, santificai-me.

Corpo de Cristo, salvai-me.

Sangue de Cristo, inebriai-me.

Agua do lado de Cristo, purificai-me.

Paixão de Cristo, confortai-me.

Ó bom Jesus, ouvi-me.

Dentro de vossas Chagas, escondei-me.

Não permitais que eu me separe de vós.
Do inimigo maligno, defendei-me.

Na hora de minha morte, chamai-me.

E mandai-me ir para vós,

Para que eu, com vossos Santos, vos louve

por todos os séculos dos séculos.

Amém.

(Santo Inácio de Loyola)