domingo, 22 de setembro de 2013

TERNA SAUDADE...


Ando pensando sobre a saudade que levo
Ando olhando bem devagar para essa saudade que me abraça
Saudade atrapalhada que me faz tropeçar no tempo...me faz esquecer o presente do presente
Saudade bonita que me inspira essa poesia
Saudade inflada de nostalgias lindas
Por vezes, essa dona traz lágrimas
Outras vezes, traz risos e recorda o amor que vai em mim
O poeta já dizia: “Só se tem saudade do que é bom”...eu concordo...
Por isso tenho saudade...e ela me tem
Saudade de infância
Saudade do cheiro de casa de vó
Saudade de beijo de criança pequena
O tempo tenta carregar essa companheira para longe de mim
Mas ela está cada dia mais apegada
Não me quer deixar
E continua me fazendo sentir...só sentir...
Saudade dos olhinhos dos meus filhos me querendo tão perto
Saudade que clama a conversa olho no olho
Saudade cansada da frieza de comunicação via tecnológica
Ah essa dona saudade...
Ás vezes a senhora me machuca...dói te ter tão perto
Mas na maior parte do tempo eu curto demais a sua nostalgia
Saudade do que foi... e foi tão bom
Saudade da alegria que passou e da alegria que ficou...para sempre ficou
Saudade que faz vibrar...me faz intensa
Pois é...a dona saudade é misteriosa...é meia louca...meia sã
Tem vezes que ela me confunde
E chego a ter saudade do que ainda vai ser
Saudade de futuro feliz...
E, nessa hora insana, ela sorri pra mim...e sai cantarolando: quero estar para sempre em seu olhar!
E eu? Eu não resisto...cedo aos caprichos dessa doninha...sigo saudosa...

E por mais incrível que pareça...sigo bem-aventurada por ter essa terna saudade em mim...
Fátima Regina