Geração
após geração carrega a bandeira da tal “dona liberdade” no afã de demonstrar
força real e deixar bem claro que sabe o que quer da vida. São tantas gerações
feitas de gente que não quer de qualquer jeito...gente que quer com intensidade...e
quer muito, porque o pouco de nada serve. Gente que não aceita nada além de “ser
livre”.
“Ser
livre”...afinal o que é isso? Livre do quê e para quê???
Nascemos
livres. O livre arbítrio é marca registrada em nós. Podemos escolher...isso é
fato! O bem e o mal se apresentam nos detalhes que o cotidiano oferece e nós
escolhemos...escolhemos bem e também escolhemos mal.
O
livre arbítrio é para todos, entretanto a liberdade é para poucos. Esse é o
pensamento de Santo Agostinho...ele dizia que somente somos livres quando
sabemos usar o livre arbítrio para realizar o bem. O mal, quando eleito em
nosso caminhar, leva à escravidão.
Isso
me faz refletir...
Jesus
Cristo, há mais de 2 mil anos, disse e ainda hoje nos diz de uma forma tão
atual: “Conhecerás a verdade e a verdade vos libertará”. Para ser livre, precisamos
conhecer a nossa verdade profundamente...a superfície não nos basta!
Quando
ficamos na superfície dos pensamentos, o mundo nos amarra e dita as normas de
uma liberdade desordenada que agita a alma da gente...com o tempo tudo vai
perdendo o sentido.
Essa
liberdade fragilizada nos faz escolher, em pequenas e grandes doses, aquilo que
escraviza. È contraditório: a liberdade que o mundo oferece aprisiona a gente! É
aí que a confusão se estabelece...misturamos liberdade com independência. Empinamos
o nariz e acreditamos (mesmo) que não precisamos de ninguém para seguirmos
felizes. Passamos a sentir menos e raciocinar mais.
Assim,
caminhamos “livres”...livres para ir e vir para onde for conveniente...livres
para falar de qualquer jeito tudo o que pensamos...livres para “usar” nossos
corpos...livres para fazer o que acharmos mais interessante. A tal “dona
liberdade” vai ganhando uma força cheia de carrancas...a vida vai se esvaziando
do que é bom e aquilo que é ruim vai se sedimentando e endurecendo o espírito
da gente.
Precisamos
mergulhar fundo nessa história...escancarar a alma e olhar bem profundamente
para a verdade que liberta. Eu venho aprendendo: preciso ser livre da “liberdade
desordenada” que o mundo tem...preciso ser livre para escolher amar...só isso!
Essa
é a nossa vocação e a nossa mais intensa satisfação:o amor...assim, com o
tempo, tudo ganha sentido. Mas não se iluda, porque amar não é tarefa fácil. O
amor romântico decepciona, o amor fraterno desgasta...o amor é cheio de
conflitos.
O
único caminho, a verdade e a vida está em convidar o Espírito Santo de Deus a
prender de tal forma o nosso coração que nos faça decidir amar com força
sagrada. Nunca se esqueça: a força humana não basta!!
Ao
procurar essa sacralidade, somos encontrados pela transcendência do Criador de
tudo. Passamos a desejar a vontade de Deus e a conhecer a verdade que nos faz
livres...livres para o bem.
Se
o amor é princípio, meio e fim na rotina das nossas escolhas, a tal “dona
liberdade” vai fazer morada em nós de um jeito suave. Quero ser serenamente livre...livre
para amar...e você??
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